Uma recuperação tímida e dispendiosa
Após quatro anos turbulentos, as perspetivas para a África Subsariana estão gradualmente a melhorar. O crescimento passará de 3,4%, em 2023, para 3,8%, em 2024, com cerca de dois terços dos países a antecipar um crescimento mais rápido. Espera-se que a recuperação económica se mantenha para além deste ano, prevendo-se um crescimento em torno de 4% para 2025. Além disso, a inflação diminuiu quase para metade, os rácios da dívida pública, de modo geral, estabilizaram e vários países emitiram Eurobonds este ano, pondo termo a um período de quase dois anos durante o qual a região não teve acesso aos mercados internacionais de capitais. Contudo, nem todas as circunstâncias são favoráveis. A contração do financiamento continua a afetar os governos da região que se debatem com a escassez de financiamento, elevados custos de empréstimos e reembolsos iminentes da dívida.
Os riscos para as perspetivas da África Subsariana parecem exibir uma tendência negativa. A região continua a ser mais vulnerável a choques externos, bem como à ameaça crescente de instabilidade política e a fenómenos climáticos frequentes. Para se adaptarem melhor a estes desafios, os países devem procurar priorizar as três seguintes políticas: melhorar as finanças públicas sem comprometer o desenvolvimento; aplicar uma política monetária que garanta a estabilidade de preços; e conduzir reformas estruturais para diversificar as fontes de financiamento e as economias. Face a estes desafios, os países da África Subsariana precisarão de mais apoio da comunidade internacional para construir um futuro mais inclusivo, sustentável e próspero.







