Reformas num contexto de grandes expectativas
Os países da África Subsariana estão a implementar reformas essenciais, mas difíceis, para restabelecer a estabilidade macroeconómica, e muito embora os desequilíbrios globais tenham começado a diminuir, o panorama é heterogéneo.
Os decisores de políticas enfrentam três obstáculos principais. Em primeiro lugar, o crescimento regional, projetado em 3,6% em 2024, é globalmente ténue e desigual, embora se espere que recupere moderadamente, atingindo 4,2% em 2025. Em segundo lugar, as condições de financiamento continuam a ser restritivas. Em terceiro lugar, a complexa interação entre a pobreza, a falta de oportunidades e a fraca governação, agravadas pelo aumento do custo de vida e as dificuldades a curto prazo causadas pelos ajustamentos macroeconómicos, estão a alimentar a frustração social.
Neste contexto, os decisores de políticas deparam-se com um difícil ato de equilibrismo, que consiste em assegurar a estabilidade macroeconómica e, ao mesmo tempo, tentar dar resposta às necessidades de desenvolvimento e assegurar que as reformas são aceitáveis do ponto de vista social e político. É essencial proteger os mais vulneráveis dos custos dos ajustamentos e implementar reformas que gerem empregos suficientes para mobilizar o apoio público.







